terça-feira, 8 de julho de 2008

Renascimento



Renascimento

Renascimento (ou Renascença) foi um período na história do mundo ocidental com um movimento cultural marcante na Europa, considerado como um marco do final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Começou no século XIV na Itália e difundiu-se pela Europa no decorrer dos séculos XV e XVI.
Além de atingir a Filosofia, as Artes e as Ciências, o Renascimento fez parte de uma ampla gama de transformações culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas que caracterizam a transição do Feudalismo para o Capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultural, com a estrutura medieval.
O Renascimento Cultural manifestou-se primeiro na Península Itálica, tendo como principais centros as cidades de Milão, Gênova, Veneza, Florença e Roma, de onde se difundiu para todos os países da Europa Ocidental. Porém, o movimento apresentou maior expressão na Itália. Não obstante, é importante conhecer as manifestações renascentistas da Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, e menos intensamente, de Portugal e Espanha.
O Renascimento está associado ao humanismo, o interesse crescente entre os acadêmicos europeus pelos textos clássicos, em latim e em grego, dos períodos anteriores ao triunfo do Cristianismo na cultura européia. No século XVI encontramos paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, associada a expressões como "barbarismo", "ignorância", "escuridão", "gótico", "noite de mil anos" ou "sombrio" (Bernard Cottret).
O seguinte extraído de Pantagruel (1532), de François Rabelais costuma ser citado para ilustrar o espírito do renascimento:
Todas as disciplinas são agora ressuscitadas, as línguas estabelecidas: Grego, sem o conhecimento do qual é uma vergonha alguém chamar-se erudito, Hebraico, Caldeu, Latim (...) O mundo inteiro está cheio de acadêmicos, pedagogos altamente cultivados, bibliotecas muito ricas, de tal modo que me parece que nem nos tempos de Platão, de Cícero ou Papinianus, o estudo era tão confortável como o que se vê a nossa volta. (...) Eu vejo que os ladrões de rua, os carrascos, os empregados do estábulo hoje em dia são mais eruditos do que os doutores e pregadores do meu tempo.
Podem ser apontados como valores e ideais defendidos pelo Renascimento o Antropocentrismo, o Hedonismo, o Racionalismo, o Otimismo e o Individualismo, bem como um tratamento leigo dado a obras religiosas, uma valorização do abstrato, expresso pelo matemático, além também de algumas noções artísticas como proporção e profundidade, e, finalmente, a introdução de novas técnicas artísticas, como a pintura a óleo.

Algumas das características dos principais ideais do Renascimento podem ser vistas aqui:

Antropocentrismo
O antropocentrismo é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, tudo no universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o homem.
O termo tem duas aplicações principais. Por um lado, trata-se de um lugar comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura renascentista e moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média. A transição da cultura medieval à moderna é freqüentemente vista como a passagem de uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus a uma outra, centrada no homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente questionado por numerosos autores que buscaram mostrar a continuidade entre a perspectiva medieval e a renascentista.

O hedonismo


O hedonismo (do grego hēdonē que significa prazer) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer individual e imediato o supremo bem da vida humana.
Surgiu na Grécia, na época pós-socrática, e um dos maiores defensores da doutrina foi Aristipo de Cirene. O hedonismo moderno procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.

Individualismo


É um conceito político, moral e social que exprime a afirmação e liberdade do indivíduo frente a um grupo, especialmente à sociedade e ao Estado. Usualmente toma-se por base a liberdade no que concerne a propriedade privada e a limitação do poder do Estado. O individualismo em si opõe-se a toda forma de autoridade, ou controle sobre os indivíduos; e coloca-se como antítese do coletivismo. Conceituar o individualismo depende muito da noção de indivíduo, que varia ao longo da história humana, e de sociedade para sociedade.
Não se deve confundir o individualismo com o egoísmo. É compatível com o individualismo permanecer dentro de organizações, desde que o indivíduo e sua opinião seja preponderante.
Embora, na prática, geralmente exista uma relação inversa entre individualismo e o tamanho de um Estado ou organização.

Otimismo


Otimismo se caracteriza por ser uma forma de pensamento. É sinônimo de pensamento positivo, ou seja, uma pessoa otimista é uma pessoa que vê as coisas pelo lado bom. O otimismo é a posição contrária a do pessimismo.
No Renascimento ele significa poder fazer tudo sem nenhuma restrição e abertura ao novo

Racionalismo

O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a idéia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo.

Artes
A obra renascentista tem, em geral, mais movimento que as figuras medievais anteriores.

Pintura do Renascimento
A definição de Pintura renascentista surge em Itália durante o século XV inserida, de um modo geral, no Renascimento. Esta pintura funda um espírito novo, forjado de ideais novos e em novas forças criadoras. Desenvolve-se nas cidades italianas de Roma,Nápoles, Mântua, Ferrara, Urbino e, sobretudo, em Florença e Veneza (principais centros que possuíam, entre os séculos XV e XVI, condições econômicas, políticas, sociais e culturais propícias ao desenvolvimento das artes como a pintura).
Não se pode dizer, no entanto, que seja um estilo na verdadeira acepção do termo, mas antes uma arte variada definida pelas individualidades que lhe transmitiram características estilísticas, técnicas e estéticas distintas.
As raízes baseiam-se na Antiguidade Clássica (tomadas a partir da cultura e mitologia grega e romana, e dos vestígios quer arquitetônico quer escultóricos existentes na península itálica) e na Idade Média (captadas em sentido evolutivo e, sobretudo da obra de Giotto que teve na sua arte do século XIII, o pronuncio dos princípios orientadores da pintura do Renascimento).
Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.

Os principais pintores foram:


Leonardo da Vinci
- ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.

Michelângelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem.
Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família

Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”.
Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.

Arquitetura do Renascimento
Chama-se de Arquitetura do Renascimento ou renascentista àquela que foi produzida durante o período do Renascimento europeu, ou seja, basicamente, durante os séculos XIV, XV e XVI. Caracteriza-se por ser um momento de ruptura na História da Arquitetura em diversas esferas: nos meios de produção da arquitetura; na linguagem arquitetônica adotada e na sua teorização. Esta ruptura, que se manifesta a partir do Renascimento, caracteriza-se por uma nova atitude dos arquiteto em relação à sua arte, passando a assumirem-se cada vez mais como profissionais independentes, portadores de um estilo pessoal. Inspiram-se, contudo, na sua interpretação da Antiguidade Clássica e em sua vertente arquitetônica, considerados como os modelos perfeitos das Artes e da própria vida.
É também um momento em que as artes manifestam um projeto de síntese e interdisciplinaridade bastante impactante, em que as Belas Artes não são consideradas como elementos independentes, subordinando-se à Arquitetura.
A arquitetura do Renascimento está bastante comprometida com uma visão-de-mundo assente em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo. Além disso, vale lembrar que, ainda que ela surja não totalmente desvinculada dos valores e hábitos medievais, os conceitos que estão por trás desta arquitetura são os de uma efetiva e consciente ruptura com a produção artística da Idade Média (em especial com o estilo gótico).
Através do Classicismo, os homens do Renascimento encaravam o mundo greco-romano como um modelo para a sua sociedade contemporânea, buscando aplicar na realidade quotidiana aquilo que consideravam pertencer ao mundo das idéias. Neste sentido, a arquitetura passou a, cada vez mais, tentar concretizar conceitos clássicos como a Beleza, acreditando que a canonização e o ordenamento estabelecido pelos arquitectos da Antiguidade Clássica constituíam o caminho correto a ser seguido a fim de alcançar este mundo ideal. Sabendo que os valores clássicos, do ponto de vista do Cristianismo, dominante no período (e lembrando que o Renascimento surge na Itália, região da Europa onde a influência do Vaticano é a mais visível), eram considerados pagãos e objetos de pecado, o Renascimento também se caracterizou pela integração do projeto de mundo cristão com a visão de mundo clássica. A Natureza era vista como a criação máxima de Deus, o elemento mais próximo da perfeição (atingindo, portanto, o ideal de Perfeição procurado pela estética Clássica). Assim, a busca de inspiração nas formas da Natureza, tal qual propõe o Clássico, não só se justifica como passa a ser um valor em si mesmo.

Literatura do Renascimento

A literatura do Renascimento deu destaque à personalidade individual. Novas formas, como os ensaios e as biografias, tornaram-se importantes. A maior parte da literatura medieval fora escrita em Latim. Os escritores do Renascimento começaram a adotar línguas vernáculas, como o francês e o italiano.

Gastronomia

Servir refeições criativas e bonitas passou a ser uma obrigação. Foi quando começaram a aparecer livros de culinária. A carne de caça era coberta com molhos finos e as sopas, que podiam ser de cebola, de favas, peixe ou mostarda, viraram moda. Em fins do século XVI, cozinheiros italianos espalharam-se pelo mundo, divulgando essa arte.

Movimento Anti-Renascentista ou Maneirismo

O Maneirismo ou Anti-Renascimento foi uma fase datada como a transição do Renascimento para o Barroco. Alguns historiadores preferem ver o Maneirismo não como uma fase mas sim como um estilo de arte; seu início é evidente quando o Renascimento entra em decadência. Já em busca de novas fontes de criação, muitos artistas apelam para o aperfeiçoamento de seus traços, uma característica evidente deste estilo, que mais tarde passa para o Barroco. Contudo, a Igreja se regenera e começa a ganhar espaço entre as artes daquele tempo, fazendo com que muitos trabalhos sejam inspirados na Igreja e em Deus, mas, mesmo assim, a figura do homem não foi descartada como o centro do pensamento. Com o fim do Renascimento, muitos artistas e escritores deixam de ser evidentes, pois o maneirismo, além de buscar formas perfeitas, tenta representar o mundo com estranhas formas e contrastes e de maneira pessimista. Muitas palavras e representações do Anti-Renascimento são feitas por meio de antíteses, paradoxos e metáforas, formas que escondem as representações do real por meio do irreal ou outras características.
Devido ao grande sucesso nos séculos XV e XVI, se originou posteriormente ao Anti-Renascimento o movimento Barroco, que se espalhou tardiamente à Europa. Depois, Pedro Álvares Pereira fez com que o espírito renascentista sobrevivesse por muito mais tempo.

14 comentários:

Isaac Sousa disse...

A primeira imagem é a Mona Lisa e a segunda, Criação do Homem, de Leonardo da Vinci e Michelangelo respectivamente

Esse movimento cultural, o renascimento, mudou totalmente toda a Europa, não somente atingindo a filosofia, ciência e as artes, mas influenciou as pessoas e provocou difersas transformações culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas.
Então, essas mudanças não somente atingiram poucas pessoas, mas mudou toda a Europa (para melhor)
Então, o renascimento foi um movimento cultural muito importante e é a introdução para a vida e obra de Leonardo da Vinci

Anônimo disse...

Mtu bom Isaac!!!

Parabéns! O blog tá massa!!!

Echega disse...

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
o conteudo do seu blog ta quase igual ao meu
e isso nao eh bom...
galera comentem emu blog
http://leonardodavinci3.blogspot.com
valeu bjs

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

e aqui estou eu de novo para comentar!
O de agora vai ser um pouco menor
'x_x
Bem o blog está legal e kawaii!
*-*

Bruna Valverde

Gustavo disse...

Gostei cara posta la no nosso tbm http://leonardodavinci3.blogspot.com

Anônimo disse...

Isaac seu blog tah massa!

mto legal!

luiz victor disse...

a imagem da monalisa é pintura mais famosa de leonardo da vinci,e a pintura criação do homem de da vinci e michelangelo tb é muito bonita.
Esse movimento cultural, o renascimento, mudou totalmente toda a Europa, não somente atingindo a filosofia, ciência e as artes, mas influenciou as pessoas e provocou difersas transformações culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas.

luiz victor disse...

pessoal do grupo de isaac e de outros grupos bora postar ai no blog pq ficou otimo , bora la pessoal todo mundo postando!!

luiz victor disse...

esse blog esta otimooooooooo!

Paulinha,Jú,Re,Manu,Vivi,Alvarenga,Lira e Dias disse...

isaac..

adorei o blog, só achei muito grande as informação, por isso fiquei com preguissa de ler tudo!!!!


depois passa la no meu: trabhist.blogspot.com

Unknown disse...

gostei, tinha coisas q eu nao li no meu e acabei sabendo no seu huahuahuahua
comenta no meu tb
http://leonardodavinci3.blogspot.com

Unknown disse...

Exelente blog Isaac(KRONES)!!!

Agora eu sei tudo sobre Leonardo da Vinci.

Abraços

Igor

Unknown disse...

Amei Isaac vc é 10!!!!!! muito interessante!

bjus!

Daniela