domingo, 3 de agosto de 2008

Retratos e auto-retratos de Leonardo da Vinci




Leonardo da Vinci: Curiosidades


Curiosidades

• A personalidade de Da Vinci sempre foi cercada por uma aura de mistério. Engenhosidades foram vistas com suspeita em uma época crua e com ideologias rigorosas.

• Em um ambiente ainda muito influenciado pela Igreja Católica era fácil trocar um estudo científico aprofundado por uma heresia; logo, especula-se que Da Vinci acabou optando pela clandestinidade para expressar o que realmente acreditava. Muitos sustentam que Da Vinci era pagão e que só explorou as instituições religiosas para tirar lucro das incumbências deles.

• Alguns simbolistas dizem que há mensagens escondidas em seus trabalhos que reforçam esta idéia. Apesar disso, há diversos estudos contemporâneos que atestam que Da Vinci foi um ateu fervoroso. Não obstante isto as suas obras de arte, dentre elas a A Última Ceia o colocam como um dos maiores expoentes da Arte sacra.

• As lendas em Da Vinci são múltiplas e elas ainda inspiram até hoje imaginações em cima de todo limite. O Código de Da Vinci é o exemplo contemporâneo mais evidente que a história do artista ainda desperta numerosas curiosidades e como muitas polêmicas. Os textos são analisados do ponto de vista simbólico entre seus trabalhos mais importantes.

• Para citar o mais conhecido, há teorias que Mona Lisa é um auto-retrato, mas com feições femininas, explicando assim o sorriso ambíguo. No entanto, a idéia mais aceita é que o retrato ilustra a da esposa do comprador, Francesco Bartolomeo del Giocondo - daí o nome La Gioconda. Mas mesmo assim, ainda há o simbolismo por trás do nome: o nome Mona Lisa poderia ser um anagrama de duas divindades egípcias da fertilidade Amon e L'Isa, muito referenciadas pelos pagãos da época. Esta última hipótese foi inventada pelo escritor Dan Brown no seu livro O Código Da Vinci. Carece, contudo, de qualquer fundamentação histórica, tendo sido duramente criticada por estudiosos de arte. De fato, Leonardo não punha nomes nos seus quadros. O nome Monalisa foi dado à pintura por Giorgio Vasari, quase três décadas após a morte do pintor.

• Da Vinci tinha um amor natural pelos animais. O historiador Edward McCurdy, citado no livro Jaulas Vazias, do filósofo e professor emérito Tom Regan, menciona: "a mera idéia de permitir o sofrimento desnecessário e, mais ainda, de matar, era abominável para ele". Segundo os relatos verificados por Regan, o inventor adotou uma dieta vegetariana na infância, por razões éticas. Leonardo teria atacado a vaidade humana com as seguintes palavras: "Rei dos animais - é como o humano descreve a si mesmo - eu te chamaria Rei das Bestas, sendo tu a maior de todas - porque as ajudas só para que elas te dêem seus filhos, para o bem da tua goela, a qual transformaste num túmulo para todos os animais.

• Leonardo da Vinci escrevia "ao contrário" - da direita para a esquerda. Foi dito que só pelo uso de um espelho seu manuscrito poderia ser lido. Isto é algo que tem intrigado muitos estudiosos e permanece um mistério. Foi sugerido que Leonardo desejava manter segredo de seus pensamentos, para evitar possível perigo ou molestamento de autoridades da Igreja. Enquanto esta "resposta" parece provável em exame superficial, seguramente não é satisfatória. Muitas pessoas não só podem ler escrita ou impressão inversa, mas podem ler tanto de forma inversa quanto de cabeça para baixo. Um espelho não é necessário para ler facilmente a escrita "inversa". Contudo, até mesmo se fosse necessário, não faltariam espelhos às autoridades da Igreja. Outros acreditavam que ele escrevia assim porque era canhoto e não queria borrar os textos que criava febrilmente

• Conta-se que, para pintar "A Última Ceia", Leonardo da Vinci teve necessidade de encontrar 13 homens que pudessem servir de modelos, cada qual com uma cara que exprimisse a visão de da Vinci sobre a figura que iria representar. Pra lá do caráter fastidioso desta tarefa, diz-se que, com 25 anos de intervalo, o mesmo homem posou para as figuras de Jesus e Judas.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Obras arquitetônicas de Leonardo da Vinci

Projeto de cidade



Templo centralizado



Projeto de um porto circular

Leonardo da Vinci: O arquiteto



Leonardo da Vinci na arquitetura

Durante seu período em Milão com Francesco Sforza, ele projetou vários prédios com armas de guerra e reforços. Ele tinha habilidade para arquitetura militar e por isso ficou famoso entre os Sforza.
Entre seus mais formidáveis projetos militares está uma escada para uso numa torre fortificada. O projeto incluía quatro rampas independentes de outras. Assim, os soldados podiam subir e descer de 4 andares sem esbarar em grupos de soldados que iam em direção contrária.
Em 1502, Leonardo projetou um fosso interessante. Ele escondeu uma torre cilíndrica debaixo d'água com um teto levemente inclinado que saía um pouco da superfície da água. Os defensores que estivessem dentro da torre poderiam disparar suas armas através da superfície da água. Feno molhado cobria o teto da torre contra os danos causados pelos disparos.
Leonardo projetou também um castelo com sistema triplo de segurança. Um dos cantos dessa construção tinha duas fortificações: a primeira estendia-se até o canto do forte e a outra estendia-se sobre parte da parede externa.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Obras de Leonardo da Vinci na Engenharia

Besta gigantes sobre rodas



Besta de disparo potencializado



Morteiros com projéteis explosivos



Máquina escavadora



Máquina voadora



Máquina de fabricar limas

Obras Cientificas de Leonardo da Vinci

Homem Vitruviano


O Homem Vitruviano é um desenho famoso que acompanhava as notas que Leonardo da Vinci fez ao redor do ano 1490 num dos seus diários. Descreve uma figura masculina desnuda separadamente e simultaneamente em duas posições sobrepostas com os braços inscritos num círculo e num quadrado. A cabeça é calculada como sendo um oitavo da altura total. Às vezes, o desenho e o texto são chamados de Cânone das Proporções.

O desenho atualmente faz parte da coleção da Gallerie dell'Accademia (Galeria da Academia) em Veneza, Itália.

Examinando o desenho, pode ser notado que a combinação das posições dos braços e pernas formam quatro posturas diferentes. As posições com os braços em cruz e os pés são inscritas juntas no quadrado. Por outro lado, a posição superior dos braços e das pernas é inscrita no círculo. Isto ilustra o princípio que na mudança entre as duas posições, o centro aparente da figura parece se mover, mas de fato o umbigo da figura, que é o verdadeiro centro de gravidade, permanece imóvel.

O Homem Vitruviano é baseado numa famosa passagem do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio na sua série de dez livros intitulados de De Architectura, um tratado de arquitetura em que, no terceiro livro, ele descreve as proporções do corpo humano:

* Um palmo é a largura de quatro dedos;
* Um pé é a largura de quatro palmos;
* Um antebraço ou cúbito é a largura de seis palmos;
* A altura de um homem é quatro antebraços (24 palmos);
* Um passo é quatro antebraços;
* A longitude dos braços estendidos de um homem é igual à altura dele;
* A distância entre o nascimento do cabelo e o queixo é um décimo da altura de um homem;
* A distância do topo da cabeça para o fundo do queixo é um oitavo da altura de um homem;
* A distância do nascimento do cabelo para o topo do peito é um sétimo da altura de um homem;
* A distância do topo da cabeça para os mamilos é um quarto da altura de um homem;
* A largura máxima dos ombros é um quarto da altura de um homem;
* A distância do cotovelo para o fim da mão é um quinto da altura de um homem;
* A distância do cotovelo para a axila é um oitavo da altura de um homem;
* A longitude da mão é um décimo da altura de um homem;
* A distância do fundo do queixo para o nariz é um terço da longitude da face;
* A distância do nascimento do cabelo para as sobrancelhas é um terço da longitude da face;
* A altura da orelha é um terço da longitude da face.

Vitrúvio já havia tentado encaixar as proporções do corpo humano dentro da figura de um quadrado e um círculo, mas suas tentativas ficaram imperfeitas. Foi apenas com Leonardo que o encaixe saiu corretamente perfeito dentro dos padrões matemáticos esperados.

O redescobrimento das proporções matemáticas do corpo humano no século XV por Leonardo e os outros é considerado uma das grandes realizações que conduzem ao Renascimento italiano.

O desenho também é considerado freqüentemente como um símbolo da simetria básica do corpo humano e, para extensão, para o universo como um todo. É interessante observar que a área total do círculo é idêntica à área total do quadrado e este desenho pode ser considerado um algoritmo matemático para calcular o valor do número irracional phi (=1,618).

Estudo de pé e perna



Anatomia do tronco



Pescoço e ombros



Anatomia do olho



Estudo da gravidez

Leonardo da Vinci:O cientista e engenheiro


Leonardo da Vinci como cientista e engenheiro
Leonardo da Vinci não foi um pintor prolífico, mas foi o mais prolífico desenhista (projetista), mantendo diários cheios de pequenos rascunhos e desenhos detalhados registrando todas as coisas que lhe chamavam atenção. Juntamente com os diários, existem diversos estudos de pinturas, alguns dos quais podem ser identificados como preparações para trabalhos específicos como A Adoração dos Magos, a Madona das Rochas e A Última Ceia.

Talvez até mesmo mais impressionantes que os seus trabalhos artísticos sejam os estudos em ciências e engenhosas criações, registrados em cadernos que incluem umas 13 000 páginas de notas e desenhos que fundem arte e ciência.
Da Vinci tentou entender os fenômenos e descrevendo em detalhe extremo, e não enfatizou experiências ou explicações teóricas. Ao longo de sua vida, planejou uma enciclopédia baseada em desenhos detalhados de tudo. Como não dominava o latim e a matemática, o Leonardo da Vinci cientista era ignorado pelos estudiosos contemporâneos.
Ele participou em autópsias e produziu muitos desenhos anatômicos extremamente detalhados e planejou um trabalho inclusive com humanos e anatomia comparativa. Ao redor do ano 1490, ele produziu um estudo das proporções humanas baseado no tratado recém-redescoberto do arquiteto romano Vitruvius. Leonardo debruçou-se sobre o que foi chamado o Homem Vitruviano, o que acabou se tornando um dos seus trabalhos mais famosos e um símbolo do espírito renascentista. O desenho reproduz a anatomia humana conduzindo eventualmente ao desígnio do primeiro robô conhecido na história que veio a se chamado de O Robô de Leonardo.
Fascinado pelo fenômeno de vôo, Da Vinci produziu detalhado estudo do vôo dos pássaros, e planos para várias máquinas voadoras, tentou aplicar seus estudos para os protótipos que desenhou, o primeiro batizado de SWAN DI VOLO (Cisne voador), segundo especialistas é de 1510, inclusive um helicóptero movimentado por quatro homens, e um planador cuja viabilidade já foi provada.

Em 1502 Leonardo da Vinci produziu um desenho de uma ponte como parte de um projeto de engenharia civil para Sultão Beyazid II de Constantinopla. Nunca foi construída, mas a visão de Leonardo foi ressuscitada em 2001 quando uma ponte menor, baseada no projeto dele, foi construída na Noruega.
Os seus cadernos também contêm várias invenções no campo militar: canhões, um tanque blindado movimentado por humanos ou cavalos, bombas de agrupamento, etc., embora considerasse a guerra como a pior das atividades humanas. Outras invenções incluem um submarino e um dispositivo de engrenagem que foi interpretado como a primeira calculadora mecânica. Nos anos dele no Vaticano, planejou um uso industrial de poder solar, empregando espelhos côncavos para aquecer água(inventou a primeira máquina a vapor).

Em astronomia, acreditou que o Sol e a Lua giravam ao redor da Terra, e que a Lua refletia a luz do Sol devido a ser coberta por água.
Outros desenhos de interesse incluem numerosos estudos de deformidades faciais que são freqüentemente referidas como caricaturas, enquanto que uma análise mais próxima da estrutura do esqueleto indica que a maioria foi baseada em modelos vivos. Há numerosos estudos do belo jovem Salaino com seu raro e admirável traço facial, o assim chamado “perfil grego”. Ele é freqüentemente retratado usando fantasias.
Leonardo é conhecido por ter desenhado composições para carros alegóricos (quadros-vivos) com os quais podia estar associado. Outros desenhos, freqüentemente meticulosos, mostram estudos para drapejamento (pano para cortina). Um desenvolvimento marcante na habilidade de Leonardo em drapejamento ocorreu em seus primeiro anos.

Da Vinci não publicou e nem distribuiu os conteúdos de seus cadernos. A maioria dos estudiosos acredita que Leonardo quis publicar os cadernos e fazer com que as sua observações fossem de conhecimento público. Eles permaneceram obscuros até o século XIX.

A influência de Leonardo na história da arte européia é bastante profunda. Algumas técnicas desenvolvidas por ele, destacadamente o sfummato e o chiaroscuro, tornaram-se uma regra para a pintura dos séculos vindouros.
É considerado por muitos como o arquétipo do Homem do Renascimento.
Grande inventor de sua época, Leonardo da Vinci era um homem à frente de seu tempo. Seu interesse e criatividade em vários campos de estudo deram origem a invenções como: salva-vidas, pára-quedas, bicicleta, entre outras.


Principais trabalhos de invenções: máquina voadora, máquina escavadora, isqueiro, paraquedas, besta gigante sobre rodas, máquina a vapor, submarino.

Principais trabalhos Científicos: homem vitruviano, anatomia do tronco, estudo de pé e perna, anatomia do olho, estudo da gravidez, estudos e embriões.

terça-feira, 15 de julho de 2008

As obras de Leonardo da Vinci na Pintura

Mona Lisa



A Anunciação



A Virgem de Granada



O Batismo de Cristo



Ginevra de' Benci



A Virgem do Cravo



Madona Benois



A Anunciação (2 versão)



São Jerônimo



A Adoração dos Magos



Madona das Rochas



Dama com Arminho




Retrato de um Músico




São João Batista




Madona Litta



A Última Ceia




A Virgem, o Menino, Sant’Ana e São João Batista



Madona do Fuso

Leonardo da Vinci na Pintura


Leonardo na pintura.
No Trattato della pittura, Leonardo da Vinci defendeu essa forma de arte como indispensável à realização da exploração científica da natureza e aconselhou os pintores a não se limitarem à expressão estática do ser humano. Utilizava ao pintar todos os seus conhecimentos científicos: suas figuras humanas derivavam diretamente dos estudos de anatomia, enquanto as paisagens revelavam o conhecimento de botânica e geologia.
Muitas de suas obras se perderam, foram destruídas ou ficaram inacabadas. Conhecem-se apenas cerca de 12 telas de Leonardo de autenticidade indiscutível. Ao longo de sua obra, é visível a importância cada vez maior que o artista concede aos contrastes entre luz e sombra, e, principalmente, ao movimento. Com o sfumato, que dilui as figuras humanas na atmosfera, Leonardo realizou síntese admirável entre modelo e paisagem.
A "Última ceia", um dos quadros mais famosos do mundo, foi muito danificada e sofreu diversas restaurações, motivo pelo qual pouco resta do original. É inigualável, no entanto, a solidão de Cristo, em contraste com a agitação dos apóstolos, divididos em grupos de três. Judas, o traidor, é a única figura em isolamento entre eles. Os vários estudos e desenhos de Leonardo revelam a preocupação do autor com os menores detalhes da cena.

Pouco antes de morrer, no castelo de Cloux, perto de Amboise, na França, em 2 de maio de 1519, nomeou seu discípulo predileto, Francisco Melzi, herdeiro de todos os valiosos estudos, desenhos e anotações que deixava. Melzi preservou cuidadosamente a herança, mas com sua morte, cerca de cinqüenta anos após a do mestre, os manuscritos se dispersaram. Conservaram-se cerca de 600 desenhos, que representam talvez a terça parte da vasta produção de Leonardo da Vinci.
Os trabalhos prematuros de Leonardo resumiam-se, de fato, a desenhos, esboços a carvão, tinta nanquim ou aguada. Embora somente se conheçam dois retratos masculinos a óleo na sua obra, o pintor explorou com ênfase o retrato da virilidade masculina, um interesse que se revela mesmo neste tempo de aprendiz. Um dos seus trabalhos mais intrigantes deste início de carreira, é Retrato de Bernardo di Bandino Baroncelli executado, de 1479, já no estúdio de Verrocchio, a pena e tinta, mas é Guerreiro Antigo, realizado a caneta de aparo sobre papel preparado, que conclui o maior registro desenhado, realizado em 1472. O primeiro é o retrato do cadáver do assassino de Giuliano de Médicis, pendurado na janela do Palazzo del Capinano a 29 de Dezembro de 1479. Na inscrição no topo do papel, Leonardo descreve o vestuário do executado, incluindo as cores. Na margem inferior direita do trabalho aparece ainda uma cabeça. Referência notável para o seu trabalho é a facilidade e o domínio do traço, que revelaria mais tarde no pincel.

Obras:

Mona Lisa


Em 1503, Leonardo inicia sua mais celebre pintura, a Mona Lisa. A Mona lisa demonstrou o ótimo controle deste em relação as técnicas por ele criadas, a técnica sfumato (Esfumaçado) e o chiaroscuro (Claro e Escuro), mas o sfumato é a técnica principal dessa obra de Arte. Leonardo somente conseguiu concluir a sua celebre obra prima em cerca de 2 a 4 anos; fora pintado três versões antes da atual no mesmo painel, devido a esse excesso de tinta com o tempo surgiram muitas rachaduras que danificaram a pintura. O quadro representa uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímida. O seu sorriso restrito é muito sedutor, mesmo que um pouco conservador. Não se sabe quem seria a modelo da pintura, mas há hipóteses que seja Isabella d'Este ou mesmo Cecilia Gallerani, e ainda Lisa del giocondo (daí La Gioconda); mas tudo leva a crer que seja realmente Isabella d'Este (possivelmente representada em 1490, como La Belle Ferronière).

O nome Monna Lisa foi-lhe atribuído por Giorgio Vasari, em 1550, trinta e um anos após a morte de Leonardo. O Nome La Gioconda, foi atribuído por Cassiano del Piombo em 1625, por pensar que fosse o retrato de "Lisa" (ou (Elisa) Gherardini, mulher do comerciante abastado de Florença Francesco dal Giocondo.

O historiador Maike Vogt-Lüerssen de Adelaide, sugeriu após ter pesquisado o assunto por 17 anos, que a mulher por trás do sorriso famoso é Isabel de Aragão, Duquesa de Milão, para quem Leonardo da Vinci trabalhou como pintor da corte durante 11 anos. O padrão do vestido verde escuro de Mona Lisa indica segundo este estudioso, que é um modelo membro da casa de Visconti-Sforza. O retrato de Mona Lisa terá sido o primeiro retrato oficial da nova Duquesa de Milão e pintado no inverno ou verão 1489 (e não em 1503). O autor compara cerca de 50 retratos de Isabel de Aragão, representada como a Virgem ou Santa Catarina de Alexandria (nos quais só a própria duquesa poderia servir de modelo), e conclui que a semelhança à Mona Lisa é evidente. Ao lado um dos retratos da duquesa, pintado por Rafael Sanzio.

Este quadro é provavelmente o retrato mais famoso na história da arte, senão, o quadro mais famoso de todo o mundo. Poucos outros trabalhos de arte são tão controversos, questionados, valiosos, elogiados, comemorados ou reproduzidos.

Em cerca de dois a três anos após o termino da Mona Lisa Leonardo retorna a Milão.

A Anunciação

A Anunciação, ou L’annunciazione no original, é um óleo sobre painel de Leonardo da Vinci, pintado entre 1472 e 1475, com 98.4 × 217 cm de dimensão.
Representando o anjo Gabriel no momento que anunciava a Maria que fora escolhida pelo Senhor para ser a mãe de Jesus, seu filho, de acordo com o evangelho de Lucas 1:26.
O trabalho ficou oculto até 1867 quando foi transferido de um convento próximo a Florença para a Galeria degli Uffizi, também em Florença.
Desde então, alguns investigadores mostraram a pintura como o primeiro trabalho de Leonardo da Vinci, embora outros estejam a favor de atribuir a pintura a outros pintores como: Ghirlandaio ou Verrocchio.
As asas do anjo foram pintadas com precisão naturalista, um exemplo da curiosidade científica típica da carreira de Leonardo. Usou o seu conhecimento sobre as asas de pássaros para fazer as asas do anjo.
No primeiro plano, o pintor representa um tipo de tapete em flor no qual todas as flores foram pintadas com precisão.
Mais adiante, o mar e as montanhas, emergindo da névoa azul clara que reflete com cuidado o modo de acordo com o qual as cores mudam com a variação da luz: o chiaroscuro e o sfumatto.

A Virgem de Granada

A Virgem de Granada, (Madonna Pomegranate ou Madonna Dreyfus), é uma pequena pintura a óleo atribuída em parte a Leonardo Da Vinci; considerada por alguns investigadores como a segunda pintura deste, pintada logo após A Anunciação. Na pintura existem características de outros pintores, como por exemplo, Andrea del Verrocchio ou Lorenzo di Credi. A anatomia do menino Jesus é completamente atribuída a da Vinci. As duas janelas ao fundo revelando uma paisagem verde com montanhas, mostra-nos a curiosidade do autor referente a natureza.
O nome da obra é esse porque a Madona segura uma pomegranate, e a apresenta ao Menino. Pomegranate vem de póm-grénit (punica granatum), tradução pomo granada (romã), que é um fruto sagrado que simboliza o amor, tanto no Cristianismo como para outras religiões.

O Batismo de Cristo

O Batismo de Cristo de Verrocchio, é o primeiro trabalho importante de Leonardo da Vinci como aprendiz. Fez a pintura junto com seu mestre Verrocchio.
O anjo da esquerda que segurava alguma roupa é totalmente seu e alguns autores dizem que o pássaro também poderá ser.
O maior de todos os historiadores da Renascença, Giorgio Vasari, e da mesma época de Leonardo, afirma que Verrocchio, mestre de Leonardo, acabou desgostoso com a arte de pintar, ao sentir-se ultrapassado pelo próprio aprendiz (há quem diga mesmo que Verrocchio quebrou os seus pinceis á frente de todos os seus aprendizes prometendo nunca mais voltar a pintar.). Verrocchio exerceu sobre Leonardo profunda influência, a qual, embora pouco artisticamente, foi bastante marcante na parte intelectual.
Para essa pintura, Verrocchio contou com a colaboração de Botticelli e de um Leonardo adolescente. Esse se dedicou a retocar parte do corpo de Cristo e a paisagem e a pintar o anjo ajoelhado que segura as vestimentas. O estilo de Da Vinci é perceptível ao simples olhar pela intensidade das cores e, de modo mais determinante, pelo dinamismo que consegue imprimir à figura do anjo e pelas sub-tonalidades da paisagem.
Depois de sua viagem a Veneza para acompanhar o seu mestre, Leonardo havia entendido os arcana mundiais - os mistérios do mundo - e os códigos visíveis e invisíveis da natureza, além de refletir sobre esses aspectos. Tais reflexões se fazem patentes na concepção da paisagem de Batismo de Cristo.
Os anjos expressam as diferenças estéticas de Verrocchio e Leonardo. O anjo do mestre olha com estranheza o do discípulo, cujo dinamismo contrasta com a rigidez daquele. Além disso, o anjo de Leonardo se distingue pela elegância; sobre ele desliza uma luz que põe em relevo os vincos rígidos e delicados da vestimenta e as ondas da cabeleira dourada.

Ginevra de' Benci

Ginevra de' Benci (nascida em 1457) foi uma Dama da aristocracia no século XV em Florença. Ela é matéria de uma das poucas pinturas ainda existentes atribuídas a Leonardo da Vinci. O retrato feito a óleo; foi adquirido permanentemente pela National Gallery of Art em Washington, EUA, em 1967 por 5 milhões de dólares pagos a Casa dos Príncipes de Liechtenstein.
História Na época a família Benci foi ao estúdio de Andrea del Verrocchio encomendar um retrato, com o próprio Leonardo; para comemorar o noivado da jovem Ginevra (na época com 15 anos).Então o retrato fora feito a Óleo sobre uma tábua de 38.8 x 36.7cm de dimensão.
No Verso do quadro, há outra pintura também feita por Leonardo, com a seguinte
inscrição: VIRTUTEM FORMA DECORAT, tradução em português: A beleza adorna a virtude.

A Virgem do Cravo

Madona del Garofano ou A Virgem do Cravo, é uma pintura a óleo de Leonardo Da Vinci, realizada sobre um painel de 62 × 47 cm, entre 1478 e 1480 (provavelmente baseada na sua obra A Virgem de Granada). Está atualmente na Antiga Pinacoteca, em Munique.
O nome da obra é esse porque, a Madona mostra ao menino uma flor Garofano (cravo), então Madona del Garofano significa Madona ou Virgem do Cravo. A pintura relata a Madona aparentemente em pé, em sua frente está um balcão com uma almofada, e o Menino sentado. O seu manto azul está apoiado sobre este balcão, parecendo cair vagarosamente, revelando um amarelo quase dourado; as vestes da virgem são ricas em ornamentos (lembrando uma rainha), detalhes completamente minuciosos que mostram a sua grandiosidade e influência.
No fundo da pintura, observam-se janelas, elas revelam uma paisagem magnífica, com montanhas ou cordilheiras; que parecem refletir a luz do sol

Madona Benois

Madona Benois é um quadro de Leonardo da Vinci. A pintura retrata Maria e a criança em um jogo de olhares que fazem parecer muitíssimo natural e que não pode ser achado em nenhuma pintura italiana contemporânea da Madona. Leonardo da Vinci alcançou esta qualidade por meio de estudos da natureza e produziu várias pinturas, esboços e um número muito grande de desenhos sobre este tema.
Foi chamada de Madona Benois por causa da família que possuía a obra, a família Benois. Esta tela demonstra o método recentemente desenvolvido na época que foi chamado de chiaroscuro - uma técnica de iluminação que obscurece as figuras e que fazem parecer em três dimensões.
Este trabalho demonstra uma mãe com seu filho em momentos privados enfocando uma emoção preciosa entre eles. Esta era a intenção de Leonardo, que parecessem naturais.
A complexidade e detalhe destas pinturas fixaram padrões novos, contudo eles são menos conhecidos que seus outros trabalhos.
A imagem de Maria, sem dentes, pode ser explicada pelo estado inacabado do trabalho.

A Anunciação

Em 1478, Leonardo da Vinci com a ajuda do seu colega Lorenzo di Credi, pintou pela segunda vez a A Anunciação, mas desta vez, em um painel pequeno e com medidas muito desproporcionais, o que causou a dificuldade em pintar detalhes minuciosos, ao contrário, a primeira anunciação, fora pintada em um painel de medidas colossais, e muito bem distribuídas (98 x 217 cm), o que, facilitou na colocação de pequenos detalhes. Muitos dos elementos utilizados por Leonardo são repetidos e alterados; ao contrário da Maria da primeira pintura, elegante e que parece possuir autoridade sobre o anjo, na segunda parece surgir subserviente a este (como se ele tivesse autoridade sobre Ela), tal como na obra-prima de Fra Angelico. A sua postura de mulher provocadoramente culta e liderada, que encontramos na primeira A Anunciação
de Leonardo, desaparece na obra pintada com Lorenzo.

São Jerônimo

São Jerônimo é uma pintura de Leonardo da Vinci. Na época da pintura desta obra Leonardo estava em Milão, contudo deixou um trabalho inacabado, mas que mesmo assim nos revela algumas das características essenciais do artista. Nos mostra São Jerônimo em uma pose dramática, com o braço direito estendido, à entrada da caverna escura. A obra foi muito danificada, parte dela tendo sido aparentemente usada como tampo de mesa antes de ser resgatada e, até certo ponto, restaurada. Mede 103 cm X 75 cm (Tempéra e Óleo sobre Madeira). Conserva-se na Pinacoteca do Museu Vaticano.

A Adoração dos Magos

A Adoração dos Magos é a primeira grande obra de Leonardo da Vinci que deixou inacabada, levando apenas aguadas de tinta, na ocasião de sua partida para Milão.
Data: 1481-1482 – Técnica: Óleo sobre madeira - Dimensão: 246 x 243 cm
Foi encomendada pelos monges de São Donato de Scopeto, próximo a Florença, Itália.
Leonardo usou com sabedoria sua técnica de jogo de luz e sombra estimulando a imaginação do observador gerando uma ilusão de profundidade (3D).
Também esta obra mostra o domínio de Leonardo da anatomia humana onde todos os elementos obrigam o olhar para o centro onde estão as figuras da Madona e o Menino.

Madona das Rochas

Madona das Rochas é um quadro pintado por Leonardo da Vinci (óleo sobre madeira 199cm X 122cm) e que se encontra exposto no Museu do Louvre, na França. O quadro também recebe citação em O Código Da Vinci, best-seller do autor Dan Brown.
A encomenda original para que Leonardo da Vinci pintasse A Madona das Rochas viera de uma organização conhecida como a Confraria da Imaculada Conceição, que precisava de uma tela para ser a peça central de um trítico em um altar da Igreja de São Francisco, em Milão. As freiras deram dimensões específicas a Leonardo, e o tema desejado para a pintura - Virgem Maria, São João Batista ainda bebê, Uriel e o Menino Jesus, abrigados em uma caverna. Embora Leonardo da Vinci fizesse o que lhe mandaram, o grupo reagiu com horror quando ele entregou a pintura. Havia enchido o quadro de detalhes perturbadores.
A tela mostra a Virgem Maria de túnica azul, sentada com o braço em torno de um bebê, João Batista. Diante dela se encontra sentado Uriel, também com um menininho, Jesus. O mais estranho é ver Jesus abaixo de João Batista. Mesmo que Jesus esteja abençoando-o o sentido da obra é dizer que João está acima de Jesus na hierarquia celeste.
Porém, anos depois, Da Vinci acabou convencendo a confraria de ficar com uma segunda pintura, versão "açucarada" da Madona das Rochas, em que todos se encontram em posições mais ortodoxas. A segunda Versão encontra-se na Galeria Nacional de Londres, com o título de Virgem das Rochas.
As características renascentistas que esta obra apresenta são a composição em pirâmide, o naturalismo, a proporção, e o estudo cuidadoso da anatomia do corpo humano.

Dama com Arminho

No ano de 1485, Leonardo da Vinci inicia essa sua grande obra-prima: é o retrato de Cecília Gallerani, a Dama com Arminho, encomendado por Ludovico Sforza. A jovem, com sua cabeça pintada com a mesma mestria que a cabeça do belo anjo Uriel da pintura Madona das Rochas, com o olhar fixado para algo fora da pintura, fugindo do olhar do espectador, possui um rosto tranqüilo, insinuando o início de um sorriso sereno. O arminho repete-lhe o movimento da cabeça, cuja pata curvada elegantemente correspondente ao movimento do animal, criando uma sintonia entre a modelo e ele. A linguagem iconográfica presente nessa pintura, recorda-nos um pouco da anterior Ginevra de' Benci. O Arminho representa o sobrenome da jovem em grego galée, mas também é o símbolo de seu amante Ludovico Sforza. Cecília abraça carinhosamente o seu amor junto ao colo. Após a conclusão desta surpreendente obra de arte, Ludovico termina seu romance com a jovem e casa-se com Beatriz d'Este, e no mesmo ano, toma como amante a modelo da obra intitulada erroneamente como La Belle Ferronière, também encomendada por este.

Retrato de um Músico

Este Retrato de um Músico é a única pintura-retrato de um homem atribuída a Leonardo da Vinci. O homem representado pode ter sido Franchino Gaffurio, professor da capela da Catedral de Milão nos anos de 1484. Na restauração em 1905 eliminou-se uma camada de verniz fazendo aparecer a mão e uma folha de papel com letras de música. O olhar do músico pode parecer irreal, perdido no espaço, mas pode ser que esteja a ler a música em silêncio e imaginando o desempenho.
Encontra-se atualmente na Pinacoteca Ambrosiana em Milão.

São João Batista

São João Batista é o último quadro sobrevivente de Leonardo da Vinci e é talvez o mais controvertido. Houve muita polêmica sobre o significado da mão do santo apontando para cima, e o seu sorriso enigmático provocou tantas discussões quanto o da Mona Lisa. Enquanto o tronco tem uma certa solidez e força, o rosto e a expressão tem uma delicadeza e misteriosa suavidade que parecem contradizer a personalidade de São João, o intransigente e abstêmio pregador do deserto, como descrito na Bíblia. Pode ser que ele tenha escolhido retratar São João no momento seguinte ao batismo de Cristo, quando o Espírito Santo desceu sobre Jesus na forma de uma pomba.

Madona Litta

Madona Litta é uma pintura atribuída por muitos investigadores a Leonardo da Vinci, enquanto outros pensam que pode ter sido pintado por um de seus seguidores como professor. De seguro, esta obra foi pintada em Milão.
A pintura representa a Madona enquanto está alimentando a Criança.
Encontra-se atualmente no Museu Hermitage em São Petersburgo.

A Última Ceia

A Última Ceia (em italiano L'Ultima Cena e também Il Cenacolo) é uma pintura de Leonardo da Vinci para de seu protetor, o Duque Lodovico Sforza. Representa para alguns, a cena da última ceia de Jesus com os apóstolos antes de ser preso e crucificado como descreve a Bíblia. É um dos maiores bens conhecido e estimado do mundo. Ao contrário de muitas outras valiosas pinturas, nunca foi possuída particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem já que esta pintada sobre a parede do refeitório do convento.

A Virgem, o Menino, Sant’Ana e São João Batista

A Virgem, o Menino, Sant’Ana e São João Batista, chamado às vezes de cartão da casa de Burlington, é um desenho de Leonardo da Vinci, encontrado em uma das folhas dos diários que escrevia enquanto vivo. É uma combinação de dois temas populares na pintura florentina do século XV: a Virgem (Maria), com o Menino (Jesus, o seu filho), e São João Batista (filho de Isabel, prima de Maria) com Santa Ana (mãe da Virgem). No desenho há um jogo sutil entre os olhares das quatro figuras, com Santa Ana que sorri para sua filha Maria, enquanto esta está com os olhos fixos em seu filho; Jesus, por sua vez, olha para João Batista. Há pouco na maneira do delineamento desobstruído entre os quatro corpos; as cabeças das duas mulheres, no detalhe, olham como crescimentos no mesmo corpo. O gesto enigmático de Sant’Ana de apontar seu dedo indicador para os céus retorna em dois das últimas pinturas de Leonardo: seu São João Batista e de seu Baco. O desenho foi feito a carvão de lenha e giz preto e branco, sobre oito folhas de papel juntamente coladas. Encontra-se atualmente exposto na Galeria Nacional de Londres.

Madona do Fuso

Madona do Fuso era uma pintura a óleo de Leonardo da Vinci, infelizmente não existe mais, existem apenas cópias baseadas no original. O quadro foi pintado por este em seu retorno a Florença, em 1501. A obra fora realizada quase no mesmo período da Mona Lisa (por isso as paisagens quase semelhantes do plano de fundo de ambos os quadros).
O nome desta pintura é esse porque, em primeira vista o Menino Jesus segura uma cruz, mas se observarmos melhor e atentamente logo perceberemos que é um fuso de fiar. O fuso demonstra o espírito doméstico da Madona (Virgem Maria), mas também lembra uma cruz, símbolo de Jesus Cristo; o quadro possui muitas características da beleza observada por Leonardo.
Uma das cópias, bem sucedida, baseada na original, pertence a uma coleção particular em Nova York.

sábado, 12 de julho de 2008

Leonardo da Vinci: Sua vida


A vida de Leonardo da Vinci

Leonardo di ser Piero da Vinci (Anchiano, 15 de Abril (Calendário Juliano) ou 25 de Abril (Calendário Gregoriano) de 1452 — Cloux, Amboise, 2 de Maio de 1519) foi um pintor, matemático, escultor, arquiteto, físico, engenheiro, botânico e músico do Renascimento italiano. É considerado um dos maiores gênios da história da Humanidade, embora não tivesse nenhuma formação na maioria dessas áreas, como na engenharia e na arquitetura. Não tinha propriamente um sobrenome, sendo "di ser Piero" uma relação ao seu pai, "Messer Piero" (algo como Sr. Pedro), e "da Vinci", uma relação ao lugar de origem de sua família, significando "vindo de Vinci".

Suas idéias científicas quase sempre ficaram escondidas em cadernos de anotações, e foi como artista que obteve reconhecimento de seus contemporâneos.

Nascido num pequeno vilarejo próximo ao município toscano de Vinci, em 15/04/1452 ou 25/04, Leonardo era filho ilegítimo de Piero da Vinci, um jovem notário e de Caterina. Ele era um homem belo, tinha uma esplêndida voz, uma mente magnífica, uma excelência em matemática e tendências científicas. Sua abundância de talentos levava-o a questionar e a lutar contra seu lado artístico, raramente terminando uma pintura e, freqüentemente, experimentando novas técnicas. A mãe de Leonardo era provavelmente uma camponesa, embora seja sugerido, com poucas evidências, que ela era uma escrava judia oriunda do Oriente Médio comprada por Piero. O próprio Leonardo da Vinci assinava seus trabalhos simplesmente como Leonardo ou Io Leonardo. A maioria das autoridades refere-se aos seus trabalhos como Leonardos e não da Vincis. Presume-se que ele não usou o nome do pai por causa do estado ilegítimo.

Na adolescência, Leonardo foi fortemente influenciado por duas grandes personalidades da época, Lorenzo de Médici e o grande artista Andrea del Verrocchio . Leonardo viveu em plena Renascença, nos séculos XV e XVI, e expressa melhor do que qualquer outro o espírito daquele tempo. Ao contrário do homem medieval, que via em Deus a razão de todas as coisas, os renascentistas acreditavam no poder humano de julgar, de criar e construir. Por isso a Renascença também é conhecida como a época do Humanismo e se caracteriza por enormes progressos nas artes, nas leis e nas ciências.

Estagiou no estúdio de Verrochio (importante artista da época), em Florença. Mudou-se para Milão em 1481, onde trabalhou para a corte de Ludovico Sforza. Até 1506 Leonardo trabalhou principalmente em Florença e tudo indica que nesta época tenha pintado a Mona Lisa, sua obra mais famosa. Entre 1506 e 1516, viveu entre Milão e Roma. Convidado por Francisco I viajou para a França em 1516, onde faleceu no ano de 1519. Ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade, mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.

Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido à sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Num estudo realizado por Catherine Cox, em 1926, seu QI foi estimado em cerca de 180. Outras fontes mencionam 220.

Leonardo morreu em Cloux, França, e de acordo com o seu desejo, sessenta mendigos seguiram seu caixão. Leonardo da Vinci foi enterrado na Capela de São Hubert no Castelo de Amboise.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Renascimento



Renascimento

Renascimento (ou Renascença) foi um período na história do mundo ocidental com um movimento cultural marcante na Europa, considerado como um marco do final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Começou no século XIV na Itália e difundiu-se pela Europa no decorrer dos séculos XV e XVI.
Além de atingir a Filosofia, as Artes e as Ciências, o Renascimento fez parte de uma ampla gama de transformações culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas que caracterizam a transição do Feudalismo para o Capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultural, com a estrutura medieval.
O Renascimento Cultural manifestou-se primeiro na Península Itálica, tendo como principais centros as cidades de Milão, Gênova, Veneza, Florença e Roma, de onde se difundiu para todos os países da Europa Ocidental. Porém, o movimento apresentou maior expressão na Itália. Não obstante, é importante conhecer as manifestações renascentistas da Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, e menos intensamente, de Portugal e Espanha.
O Renascimento está associado ao humanismo, o interesse crescente entre os acadêmicos europeus pelos textos clássicos, em latim e em grego, dos períodos anteriores ao triunfo do Cristianismo na cultura européia. No século XVI encontramos paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, associada a expressões como "barbarismo", "ignorância", "escuridão", "gótico", "noite de mil anos" ou "sombrio" (Bernard Cottret).
O seguinte extraído de Pantagruel (1532), de François Rabelais costuma ser citado para ilustrar o espírito do renascimento:
Todas as disciplinas são agora ressuscitadas, as línguas estabelecidas: Grego, sem o conhecimento do qual é uma vergonha alguém chamar-se erudito, Hebraico, Caldeu, Latim (...) O mundo inteiro está cheio de acadêmicos, pedagogos altamente cultivados, bibliotecas muito ricas, de tal modo que me parece que nem nos tempos de Platão, de Cícero ou Papinianus, o estudo era tão confortável como o que se vê a nossa volta. (...) Eu vejo que os ladrões de rua, os carrascos, os empregados do estábulo hoje em dia são mais eruditos do que os doutores e pregadores do meu tempo.
Podem ser apontados como valores e ideais defendidos pelo Renascimento o Antropocentrismo, o Hedonismo, o Racionalismo, o Otimismo e o Individualismo, bem como um tratamento leigo dado a obras religiosas, uma valorização do abstrato, expresso pelo matemático, além também de algumas noções artísticas como proporção e profundidade, e, finalmente, a introdução de novas técnicas artísticas, como a pintura a óleo.

Algumas das características dos principais ideais do Renascimento podem ser vistas aqui:

Antropocentrismo
O antropocentrismo é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, tudo no universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o homem.
O termo tem duas aplicações principais. Por um lado, trata-se de um lugar comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura renascentista e moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média. A transição da cultura medieval à moderna é freqüentemente vista como a passagem de uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus a uma outra, centrada no homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente questionado por numerosos autores que buscaram mostrar a continuidade entre a perspectiva medieval e a renascentista.

O hedonismo


O hedonismo (do grego hēdonē que significa prazer) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer individual e imediato o supremo bem da vida humana.
Surgiu na Grécia, na época pós-socrática, e um dos maiores defensores da doutrina foi Aristipo de Cirene. O hedonismo moderno procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.

Individualismo


É um conceito político, moral e social que exprime a afirmação e liberdade do indivíduo frente a um grupo, especialmente à sociedade e ao Estado. Usualmente toma-se por base a liberdade no que concerne a propriedade privada e a limitação do poder do Estado. O individualismo em si opõe-se a toda forma de autoridade, ou controle sobre os indivíduos; e coloca-se como antítese do coletivismo. Conceituar o individualismo depende muito da noção de indivíduo, que varia ao longo da história humana, e de sociedade para sociedade.
Não se deve confundir o individualismo com o egoísmo. É compatível com o individualismo permanecer dentro de organizações, desde que o indivíduo e sua opinião seja preponderante.
Embora, na prática, geralmente exista uma relação inversa entre individualismo e o tamanho de um Estado ou organização.

Otimismo


Otimismo se caracteriza por ser uma forma de pensamento. É sinônimo de pensamento positivo, ou seja, uma pessoa otimista é uma pessoa que vê as coisas pelo lado bom. O otimismo é a posição contrária a do pessimismo.
No Renascimento ele significa poder fazer tudo sem nenhuma restrição e abertura ao novo

Racionalismo

O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a idéia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo.

Artes
A obra renascentista tem, em geral, mais movimento que as figuras medievais anteriores.

Pintura do Renascimento
A definição de Pintura renascentista surge em Itália durante o século XV inserida, de um modo geral, no Renascimento. Esta pintura funda um espírito novo, forjado de ideais novos e em novas forças criadoras. Desenvolve-se nas cidades italianas de Roma,Nápoles, Mântua, Ferrara, Urbino e, sobretudo, em Florença e Veneza (principais centros que possuíam, entre os séculos XV e XVI, condições econômicas, políticas, sociais e culturais propícias ao desenvolvimento das artes como a pintura).
Não se pode dizer, no entanto, que seja um estilo na verdadeira acepção do termo, mas antes uma arte variada definida pelas individualidades que lhe transmitiram características estilísticas, técnicas e estéticas distintas.
As raízes baseiam-se na Antiguidade Clássica (tomadas a partir da cultura e mitologia grega e romana, e dos vestígios quer arquitetônico quer escultóricos existentes na península itálica) e na Idade Média (captadas em sentido evolutivo e, sobretudo da obra de Giotto que teve na sua arte do século XIII, o pronuncio dos princípios orientadores da pintura do Renascimento).
Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.

Os principais pintores foram:


Leonardo da Vinci
- ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.

Michelângelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem.
Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família

Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”.
Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.

Arquitetura do Renascimento
Chama-se de Arquitetura do Renascimento ou renascentista àquela que foi produzida durante o período do Renascimento europeu, ou seja, basicamente, durante os séculos XIV, XV e XVI. Caracteriza-se por ser um momento de ruptura na História da Arquitetura em diversas esferas: nos meios de produção da arquitetura; na linguagem arquitetônica adotada e na sua teorização. Esta ruptura, que se manifesta a partir do Renascimento, caracteriza-se por uma nova atitude dos arquiteto em relação à sua arte, passando a assumirem-se cada vez mais como profissionais independentes, portadores de um estilo pessoal. Inspiram-se, contudo, na sua interpretação da Antiguidade Clássica e em sua vertente arquitetônica, considerados como os modelos perfeitos das Artes e da própria vida.
É também um momento em que as artes manifestam um projeto de síntese e interdisciplinaridade bastante impactante, em que as Belas Artes não são consideradas como elementos independentes, subordinando-se à Arquitetura.
A arquitetura do Renascimento está bastante comprometida com uma visão-de-mundo assente em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo. Além disso, vale lembrar que, ainda que ela surja não totalmente desvinculada dos valores e hábitos medievais, os conceitos que estão por trás desta arquitetura são os de uma efetiva e consciente ruptura com a produção artística da Idade Média (em especial com o estilo gótico).
Através do Classicismo, os homens do Renascimento encaravam o mundo greco-romano como um modelo para a sua sociedade contemporânea, buscando aplicar na realidade quotidiana aquilo que consideravam pertencer ao mundo das idéias. Neste sentido, a arquitetura passou a, cada vez mais, tentar concretizar conceitos clássicos como a Beleza, acreditando que a canonização e o ordenamento estabelecido pelos arquitectos da Antiguidade Clássica constituíam o caminho correto a ser seguido a fim de alcançar este mundo ideal. Sabendo que os valores clássicos, do ponto de vista do Cristianismo, dominante no período (e lembrando que o Renascimento surge na Itália, região da Europa onde a influência do Vaticano é a mais visível), eram considerados pagãos e objetos de pecado, o Renascimento também se caracterizou pela integração do projeto de mundo cristão com a visão de mundo clássica. A Natureza era vista como a criação máxima de Deus, o elemento mais próximo da perfeição (atingindo, portanto, o ideal de Perfeição procurado pela estética Clássica). Assim, a busca de inspiração nas formas da Natureza, tal qual propõe o Clássico, não só se justifica como passa a ser um valor em si mesmo.

Literatura do Renascimento

A literatura do Renascimento deu destaque à personalidade individual. Novas formas, como os ensaios e as biografias, tornaram-se importantes. A maior parte da literatura medieval fora escrita em Latim. Os escritores do Renascimento começaram a adotar línguas vernáculas, como o francês e o italiano.

Gastronomia

Servir refeições criativas e bonitas passou a ser uma obrigação. Foi quando começaram a aparecer livros de culinária. A carne de caça era coberta com molhos finos e as sopas, que podiam ser de cebola, de favas, peixe ou mostarda, viraram moda. Em fins do século XVI, cozinheiros italianos espalharam-se pelo mundo, divulgando essa arte.

Movimento Anti-Renascentista ou Maneirismo

O Maneirismo ou Anti-Renascimento foi uma fase datada como a transição do Renascimento para o Barroco. Alguns historiadores preferem ver o Maneirismo não como uma fase mas sim como um estilo de arte; seu início é evidente quando o Renascimento entra em decadência. Já em busca de novas fontes de criação, muitos artistas apelam para o aperfeiçoamento de seus traços, uma característica evidente deste estilo, que mais tarde passa para o Barroco. Contudo, a Igreja se regenera e começa a ganhar espaço entre as artes daquele tempo, fazendo com que muitos trabalhos sejam inspirados na Igreja e em Deus, mas, mesmo assim, a figura do homem não foi descartada como o centro do pensamento. Com o fim do Renascimento, muitos artistas e escritores deixam de ser evidentes, pois o maneirismo, além de buscar formas perfeitas, tenta representar o mundo com estranhas formas e contrastes e de maneira pessimista. Muitas palavras e representações do Anti-Renascimento são feitas por meio de antíteses, paradoxos e metáforas, formas que escondem as representações do real por meio do irreal ou outras características.
Devido ao grande sucesso nos séculos XV e XVI, se originou posteriormente ao Anti-Renascimento o movimento Barroco, que se espalhou tardiamente à Europa. Depois, Pedro Álvares Pereira fez com que o espírito renascentista sobrevivesse por muito mais tempo.

domingo, 6 de julho de 2008

O começo do blog

Aqui começa o blog A vida e obra de Leonardo da Vinci, um artista renascentista.
Esse blog é para um trabalho de história do Colégio Villa Lobos, sugerido pelo professor Daniel, para podermos aprender sobre a vida e obra de algum artista importante desse período histórico, além de usar um veículo de comunicação atual, que é o blog.
Então, aqui começa as atividades do blog.Verei se consigo postar uma vez por dia, ou a cada dois dias, não sei, mas sei que o blog ficará otimo.

Isaac